Friday, November 03, 2006

O Mar da Costa observa a Guerra Naval em suas águas


O mar pelo avesso
Não me absorve
E eu neste cais além dos precipícios
Ainda vejo os navios
Que foram para as guerras

A água me sara
E é como lágrima
De algum anjo extinto

No copo em que bebo
Nada transborda
E os navios
Em mar alto
Ainda se bombardeiam

E eu na praia
Absorto no vôo
Dessa elegante gaivota
Pergunto às sete ondas
Que vêm beijar-me os pés
A mando de Yemanjá:

"Quando essa guerra inútil
afundar-se-á no ventre profundo
dos oceanos...?"



Fotos: Encoracados Iowa e Missouri

1 comment:

Angela Ursa said...

Oi, Adauto! Parabéns pelo prêmio no concurso de poesias. Beijo da Angela